17/09/2025 13:24

Apcef/MS participa de Dia de Luta pelo reajuste zero e fim do teto de custeio do Saúde Caixa

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As empregadas e os empregados da Caixa estão em campanha contra qualquer reajuste nos valores cobrados dos usuários do Saúde Caixa. E, para atender a essa e a demais reivindicações já apresentadas pela representação dos trabalhadores, aconteceu, nesta quarta-feira (17), o Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa. A iniciativa também tem como objetivo pressionar o banco a apresentar uma proposta para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do plano de saúde.

As ações incluem atividades em agências bancárias da Caixa, reuniões com empregados, colagem de cartazes e fixação de faixas, além do adiamento da abertura das agências/departamentos. Em Campo Grande, a Apcef/MS participou de mobilização ao lado do Sindicato dos Bancários, na agência que fica na rua Maracaju.

Para o presidente da Apcef/MS, Everton Espíndola, esse dia marca o início da resistência e luta por parte dos empregados da Caixa, para defender que o plano de saúde tenha solidariedade e mutualismo. "É preciso lutar pelo um Saúde Caixa que tenha pacto intergeracional, que tenha uma mensalidade justa, que dê sustentabilidade para o plano, que tenha uma rede de credenciados que atenda de uma forma eficiente, eficaz, com cobertura a nível de Brasil", disse.

Everton explica ainda que, além desses desafios, há o mais importante: “Nosso desafio maior é construirmos juntos aos empregados da Caixa um movimento de resistência, de dizer não ao reajuste, de dizer não ao teto de 6,5%. Precisamos derrubar esse teto, estabelecer aquilo que já está no nosso acordo coletivo, que a Caixa arque com 70% daquilo que é o custeio, e os usuários arquem com 30%. E isso só será possível na construção de um movimento que tenha o empregado à frente das lutas por manter, conquistar, avançar nas questões relativas ao plano de saúde", destaca o presidente da Apcef/MS.

Reivindicações

As principais reivindicações quanto ao ACT do Saúde Caixa são:

  • - Reajuste zero nas mensalidades do Saúde Caixa;
  • - Fim do teto de custeio de 6,5% da folha salarial;
  • - Cumprimento do modelo de custeio 70/30;
  • - Respeito aos princípios do mutualismo, solidariedade e ao pacto intergeracional;
  • - Melhoria e ampliação da rede credenciada própria;
  • - Compartilhamento das redes de outros planos;
  • - Plano na aposentadoria para contratados depois de 2018;
  • - Fortalecimento do GT Saúde Caixa;
  • - Fortalecimento do Conselho de Usuários;
  • - Maior participação dos usuários e representantes dos trabalhadores na gestão do plano;
  • - Funcionamento efetivo dos comitês de credenciamento;
  • - Aporte pela Caixa dos valores pagos a menor.

Na sexta-feira (19), acontecerá a próxima reunião de negociações para a renovação do ACT do Saúde Caixa, em Brasília, a partir das 12h30.

Pesquisa 

A Fenae divulgou os primeiros resultados da pesquisa nacional sobre saúde física e mental dos empregados e empregadas da Caixa. Um dos recortes, o Saúde Caixa, traz dados fundamentais para o debate sobre sua preservação e fortalecimento. Atualmente, as mensalidades e pagamentos são o aspecto mais criticado, com 80% de reprovação, e qualquer aumento tende a agravar ainda mais a insatisfação.

O estudo mostra ainda que 92% utilizam o Saúde Caixa como principal plano de saúde. Os serviços de atendimento de urgência (56% de aprovação) e liberação de exames (55%) figuram entre os pontos mais bem avaliados, demonstrando a relevância do plano para o cuidado com a saúde da categoria.

Além da defesa política, a pesquisa mostra a necessidade de melhorias nos canais de comunicação e na rede credenciada, que ainda apresentam alto índice de desconhecimento ou reprovação. Apenas cerca de 37% dos empregados da ativa avaliam positivamente a rede credenciada. Já os canais de comunicação apresentam desempenho ainda mais frágil. O WhatsApp Saúde Caixa tem aprovação de apenas 30% e reprovação de 48%; o Fale Conosco registra 28% de avaliações positivas e o Chat Online é marcado pelo desconhecimento (41%), atingindo quase metade dos usuários, com só 17% de aprovação. Esses dados reforçam que custos, rede credenciada e comunicação concentram as principais insatisfações dos usuários.

Por: Comunicação da Apcef/MS

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