Empregados da Caixa em Campo Grande protestam contra reestruturação
Nesta quinta-feira, dia 13, os empregados da Caixa em todo o país realizam um Dia Nacional de Luta contra a reestruturação imposta pela direção do banco público, que ameaça as carreiras dos trabalhadores e a função pública e social da instituição. Em Campo Grande, o ato foi em frente à agência que fica na Barão do Rio Branco e teve a participação da Apcef/MS, AEA/MS Associação dos Economiários Aposentados e Pensionistas) e Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região.
Para o presidente da Apcef/MS, Jadir Garcia, a proposta da Caixa desrespeita a vida profissional e pessoal dos seus empregados. “Essa mudança imposta de uma hora para outra não dá condições para o empregado, que se prepara a vida inteira para o exercício da profissão, a fazer uma escolha com perspectivas claras. A Caixa tem que respeitar os empregados e também a mesa de negociação dos empregados. As mudanças estavam sendo implantadas sem negociar com as entidades representativas, ferindo o que está no nosso acordo coletivo”, comentou.
Mas através de ação impetrada pela Contraf, a Justiça determinou, no último dia 11, a imediata suspensão do processo de implementação do novo plano. O impedimento, de acordo com a Justiça, deve garantir que haja a realização de reunião e de tratativas no âmbito da Mesa Permanente de Negociação e a reformulação do cronograma de adesão.
“Os empregados da Caixa precisam ser ouvidos, já que são esses trabalhadores que construíram a empresa que é hoje. Cobramos do banco a abertura de negociação com as entidades representativas. O banco precisa ouvir os empregados, responder aos questionamentos, já que as informações são superficiais, e depois propor um modelo de reestruturação”, concluiu Jadir Garcia.
O ato ainda foi em defesa da Caixa 100% pública, já que essa reestruturação pode representar mais um desmonte da instituição. Segundo a Fenae, a remodelagem proposta pela Caixa retira do banco seu caráter social, além de ampliar o modelo de mercado da instituição, visando áreas que estão prestes a serem vendidas como a Caixa Seguridade e a Caixa Cartões.